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Os Beatles e suas guitarras (e baterias!)
Os Instrumentos que criaram um Sonho.
Quinta parte - 1964
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57 - Amplificadores Vox AC-50 e AC-100:
Donos: John e George (AC-50, um para cada) e Paul (AC-100)
Início de Uso: Dezembro de 1963
Fim de Uso: Julho de 1964
Potência: 50 Watts (John e George), e 100 Watts (Paul)
Alto-Falantes: Dois, de 12" cada e uma corneta (John e George), e dois de 15" (Paul)
O grupo precisava de mais potência no palco. A Vox providenciou "às pressas" novos amplificadores, pois a temporada de Natal ia começar.
Para as guitarras de John e George eles vieram com a solução de cabeças de amplificação separadas do gabinete dos alto-falantes. Ganharam também uma corneta extra para aumentar a qualidade do som, já que os falantes continuaram iguais. O preço destes amplificadores foi de £ 184 (£ 2.200 em valores atuais).
Para Paul, que já usava cabeça de amplificação separada, seu ganho foi em potência, e um dos falantes de 12" foi trocado por um de 15". O preço do novo amplificador foi de £ 205 (£ 2.500 em valores atuais.
Os novos e "poderosos" Vox, se mostrariam insuficientes na primeira visita aos EUA, pois passaram a tocar em locais maiores do que na Inglaterra.
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58 - Gretsch Tennessean:
Acabamento: vermelho cereja (ou deep maroon-burgundy woodgrain)
Modelo: PX 6119
Captadores: dois captadores Hilo' Tron, single-coil
Alavanca: sim, modelo Bigsby B6
Início de Uso: Janeiro de 1964
Fim de Uso: Fevereiro de 1967
Características: Guitarra elétrica de de corpo oco, com tampo arqueado de bordo (maple), fundo e laterais igualmente de bordo, escala em jacarandá (rosewood), ferragens cromadas, aberturas em "f" em estilo "neo-clássico" falsas , pintadas com contornos brancos, e borda branca em todo o instrumento.
Destino: Após as sessões de Sgt. Pepper's, George manteve a guitarra em sua casa. Em 2002, após o "Concert for George", Olivia e Dhani deram esta guitarra de presente a Ringo, que a colocou em leilão em 2015 junto com vários outros itens de seu acervo. Foi vendida por 179 mil dolares.
George comprou esta guitarra durante a temporada de Natal, por £ 125 (£ 1.400 em valores atuais). Sua primeira aparição foi no dia 12 de Janeiro, no Val Parnell's Sunday Night At The London Palladium.
Ela ficou como segunda guitarra nos shows no Olympia de Paris e durante a primeira aparição nos EUA. Depois disso foi o instrumento principal das turnês e gravações.
No EP ela foi usada em Slow Down e Matchbox.
No disco A Hard Day's Night ela foi usada em Things We Said Today.
Já no Beatles For Sale ela foi usada em I'm A Loser, I Don't Want to Spoil the Party e Honey Don't.
Ela também foi escolhida para I Feel Fine, lado A do compacto de fim de ano.
Nas fotos ao lado, uma das raras vezes em que foi a guitarra principal em Paris, em Janeiro.
Após 1967, George deu esta guitarra para Ringo, que guardou em sua casa até 2016, quando a colocou em leilão. |
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58b - Rickenbacker Capri:
Acabamento: madeira clara envernizada
Modelo: 325
Captadores: três captadores Rickenbacker
Alavanca: sim, modelo Bigsby B-5
Início de Uso: Setembro de 1962
Fim de Uso: Agosto de 1964
Características: É a mesma guitarra anterior. Agora ela foi pintada de preto, pelo pintor de ônibus Charles Bantam, de Birkenhead. Mais uma vez recebeu novos botões e a chave seletora dos captadores agora é revestida de preto.
Destino: Em 1972 foi reformada por Ron DeMarino, em Nova Iorque, retornando ao seu acabamento original. Foi possivelmente usada na gravação de Stepping Out, do LP Milk And Honey, e também de Walking On Thin Ice, em Dezembro de 1980. Atualmente esta guitarra está em poder de Sean Lennon
John usou sua velha 325 nos shows de Janeiro, no Olimpia de Paris, no primeiro Ed Sullivan show, no programa que deixaramn gravado para ser exibido depois de sua partida, nos concertos do Washington Coliseum e do Carnegie Hall. Depois ficou como instrumento reserva nos turnês de 1964.
Em gravações usou-a apenas na gravações nos estúdios da Odeon francesa, onde registram uma nova base para She Loves You, que cantaram em alemão.
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Abaixo, Ringo com a Ludwig "White Marine Pearl"
Acima , Ringo e o Logo n° 2.
Um acessório que Ringo começou a usar após a viagem aos EUA foi o sistema da "Rogers" - Rogers Swiv-o-Matic - de fixação do
Tom-tom. Ele permite maior flexibilidade no posicionamento do tambor oferecendo maior conforto ao baterista
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59 - Bateria Ludwig:
Acabamento: "Black Oyster Pearl"
Modelo: Downbeat
Início de Uso: Fevereiro de 1964
Fim de Uso: Maio de 1964
Destino: Ringo possui esta bateria até hoje.
Logo original: "Drop-T n° 2 "
Peles: Remo "Weather King"
Bumbo: 20"x 14"
Surdo: 14"x 14"
Tom-tom: 12"x 8"
Caixa: 14"x 4"
Ride: Paiste 18
Crash: Paiste 16"
Hi-Hat: Paiste 14"
Para a importantíssima viagem aos EUA, um novo logo foi encomendado a Ivor Arbiter e sua Drum City. Novamente seu assistente Eddie Stokes foi o encarregado. E foi usada agora uma pele Remo para o bumbo. Ela é facilmente identificada pela coroa no topo da pele. Por ser também um distribuidor Remo, a Drum City matava assim "dois coelhos com uma só cajadada". Stokes fez o logo bem maior,indo de ponta a ponta da pele. E a marca Ludwig aparecia agora em melhor destaque.
Também foi decidido que o grupo viajaria com o mínimo possível de peso. Assim, Ringo compraria outra Ludwig em Nova Iorque, praticamente igual à primeira. Como estariam filmando "A Hard Day's Night", iam precisar mesmo de uma segunda bateria nos sets de filmagem. A outra ficaria em Abbey Road, onde os Beatles estariam gravando a trilha sonora. Ringo levou apenas os pratos, a caixa e a nova pele frontal.
A Manny’s Music Store de Manhattan, entregou a nova Ludwig no estúdio de Ed Sullivan bem à tempo do ensaio, às 1:30 da tarde do Sábado, dia 8. Mas houve um pequeno problema: entregaram uma Ludwig com acabamento white marine pearl ao invés do oyster black de Ringo.
No ensaio final, no Domingo pela manhã, a Manny’s dezfez o engano. O novo logo foi colocado e ele seria usado apenas nesta visita americana: três aparições no Sullivan Show, duas apresentações no Carnegie Hall e seu primeiro concerto nos E.U.A., no Washington Coliseum.
Nessa viagem também comprou seu primeiro prato Zildjan, um "ride" de 20". Até ali tinha sempre usado pratos Paiste - sempre escolhidos por Mal Evans - mas começou a substituí-los por
Zildjans por seu som mais "aberto" e com maior volume.
Abaixo, o Logo n° 2. A palavra "Beatles" está escrita numa letra bem mais "pesada" e o "The" numa letra menos alta e mais larga. A palavra "Beatles" quase toca o aro de montagem. Tem o logotipo da Remo (uma coroa) bem ao alto, e o "Ludwig" escrito com letras maiores que na pele anterior.
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60 - Hofner:
Acabamento: marrom degradê
Modelo: 500/1
Captadores: dois captadores, um na base do braço e outro junto à ponte
Início de Uso: Outubro de 1963
Fim de Uso: Setembro de 1969 (em gravações com os Beatles, pois está em uso até hoje)
Características: baixo de corpo ôco, com corpo em abeto (spruce), fundo e laterais em bordo (maple), escala em jacarandá
(rosewood), com o clássico desenho em forma de violino.
Destino: Sofreu apenas uma modificação em 1966, quando Paul removeu seu escudo. Foi usado esporadicamente até as gravações do álbum-filme Get Back-Let It Be. Paul usa este baixo até hoje em shows e gravações.
Paul usou seu segundo Hofner em todas as gravações e apresentações de 1964. Foi seu instrumento oficial.
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61 - Rickenbacker 12 cordas:
Acabamento: sunburst fire-glo.
Modelo: 360-12
Captadores: dois captadores Rickenbacker Single Coil Toaster Top
Alavanca: não
Início de Uso: Fevereiro de 1964
Fim de Uso: Agosto de 1965
Características: Fabricada em 1963, esta primeira guitarra de 12 cordas da Rickenbacker era quase que um protótipo. Um belíssimo instrumento de corpo oco, todo em bordo (maple), escala em jacarandá (rosewood), com aberturas triangulares, escudo branco duplo e borda branca. A característica mais marcante era o posicionamento das tarraxas, seis de cada lado da paleta, em pares com posições alternadas, permitindo encontrar as cordas a afinar quase que instintivamente, o que não acontecia com os modelos das outras fábricas.
Destino: Esta guitarra está até hoje na casa de George, tendo sido usada no disco Cloud Nine.
Antes dos Beatles chegarem nos EUA, a Rickenbacker já estava trabalhando nos bastidores para oferecer novidades ao grupo. Uma carta interna mostrava fotos de John com sua "surrada" 325 e George com a 425. A idéia inicial era oferecer seus novíssimos amplificadores B-16 para baixo, e B-22D para as guitarras. Devido ao acordo de cavalheiros com a Jennings, Brian Epstein continuou fiel aos Vox.
Eles levaram então novos modelos de guitarra e baixo para o encontro agendado com Brian, John e George. O baixo, um 4001, foi declinado nesta ocasião.
Como George estava de cama no quarto do hotel, todos foram até ele, já que John queria que ele experimentasse a 360-12. Isto mostra como as novas sonoridades eram a especialidade de George. Foi amor à primeira vista. Francis Hall, presidente da fábrica presenteou na hora a guitarra. O custo dela seriam £ 200 (£ 2.200 em valores atuais).
Esta guitarra foi usada assim que o grupo retornou para Londres, apesar de George ter sido fotografado ensaiando com ela para o segundo Ed Sullivan Show, na Flórida.
No disco A Hard Day´s Night ela foi usada em A Hard Day's Night, I Should Have Known Better, If I Fell, I'm Happy Just To Dance With You, Tell Me Why, You Can't Do That, Any Time At All e When I Get Home.
No EP Long Tall Sally ela foi usada em I Call Your Name.
No disco Beatles For Sale ela foi usada em Eight Days A Week, Words Of Love e What You're Doing.
Ela seria usada na turnê americana e em outras gravações, em 1965.
Seu uso influenciou uma legião de músicos, que logo correram para comprar um modelo igual. Dos Byrds ao The Who, passando até por Roberto Carlos, no auge da Jovem Guarda!
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61b - Congas ASBA
Para variar a percussão de You Can't Do That, Ringo usou, além do cow-bell, uma conga ASBA dos estúdios.
Fabricada na França, esta percussão foi muito usada pelos Beatles em músicas que precisavam de mais "ambientação" e ritmos peculiares.
Nas fotos podemos ver os Beatles no dia 25 de Fevereiro, durante as gravações de You Can't Do That.
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62 - Gretsch Chet Atkins Country Gentleman:
Acabamento: nogueira. Esta guitarra era marrom escura e não preta, como parecia nas fotos.
Modelo: 6122
Captadores: dois captadores Filter'Tron Humbuckers
Alavanca: sim, modelo Bigsby
Início de Uso: Junho de 1963
Fim de Uso: Agosto de 1965
Características: Fabricada em 1962, era um belo instrumento de corpo oco, toda em bordo (maple) laminado, com tampo arqueado, escala em ébano, ferragens douradas e aberturas em "f" estilo "neo-clássico", pintadas no corpo. Ela também possuía dois abafadores de cordas localizados entre a ponte e o primeiro captador. Agora eram acionados por dois botões em forma de chave "liga-desliga", bem mais cômodos e ágeis que os do modelo anterior de George. Esta guitarra era modelo 1963.
Destino: Esta guitarra teria sido presenteada para Brian O'Hara do grupo The Fourmost, quando de sua visita aos estúdios de Abbey Road, em 1965. Brian depois trocou esta guitarra por alguma coisa que não se lembra (sem comentários!).
George usou pouco sua Country Gentleman em gravações.
Primeiro nas gravações de Paris, em Janeiro, na nova base de She Loves You e Can't Buy Me Love.
No disco A Hard Day's Night, foi usada nas músicas Can't Buy Me Love e I'll Cry Instead.
No EP Long Tall Sally ela foi usada em Long Tall Sally.
No LP Beatles For Sale foi usada nas gravações de Mr. Moonlight, Everybody's Trying To Be My Babe, I'll Follow the Sun e Kansas City / Hey Hey Hey Hey.
Usou também em She's A Woman, lado B do compacto de fim de ano.
Mas no palco ela continuou sendo o instrumento principal na maioria das apresentaçãoes de 1964. |
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63 - Rickenbacker Jetglo:
Acabamento: preto.
Modelo: 325
Captadores: três captadores Rickenbacker Single Coil Toaster Top
Alavanca: sim, modelo Ricenbacker Ac'cent
Início de Uso: Fevereiro de 1964
Fim de Uso: Novembro de 1965
Características: Fabricada em 1964, esta nova versão da 325 era igualmente de corpo semi ôco, totalmente de bordo (maple), com escala em jacarandá (rosewood), possuía escudo branco duplo e novos botões de volume e tom, muito mais precisos. Existia também um quinto botão, de balanço.
Destino: Esta guitarra, em poder de Yoko, está em exibição no John Lennon Museum, em Tokyo
A 325 original de John estava em precária condição, mais uma vez, e o presidente da Rickenbacker havia percebido. Com isso, apesar de não tê-la levado no encontro agendado, ela foi despachada para a Flórida, onde John aparece ensaiando com ela para o Ed Sullivan Show. O custo da guitarra seria de £ 145 (£ 1.600 em valores atuais), mas esta também foi presente.
Ficou acertado que um modelo de 12 cordas, idêntico à 325, seria enviado posteriormente para John.
John usou a nova guitarra na segunda apresentação do Ed Sullivan Show.
Sua estréia em gravações foi no EP Long Tall Sally, nas músicas Slow Down, Long Tall Sally, Matchbox e I Call Your Name.
No LP A Hard Day's Night, ela foi usada nas músicas A Hard Day's Night, I'm Happy Just to Dance With You, Tell Me Why, You Can't Do That e When I Get Home.
No LP Beatles For Sale ela foi a preferida em Rock and Roll Music e Kansas City / Hey Hey Hey Hey.
No compacto de fim de ano, foi usada no lado B, She's A Woman.
Paul usou-a em Eight Day's A Week, fazendo uma das bases.
Ela seria usada na turnê americana e em todas as outras até a chegada de um novo modelo de guitarra, que será a preferida de John até o fim do grupo.
Foi "aposentada" após as sessões de Rubber Soul. |
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64 - José Ramirez Guitarra de Estudio:
Acabamento: madeira natural
Modelo: A-1
Início de Uso: Fevereiro de 1964
Fim de Uso: 1968
Características: violão clássico, de fabricação espanhola, com tampo em cedro vermelho (red cedar), fundo e laterais de jacarandá (rosewood), escala em ébano (ebony), com encordoamento de nylon.
Destino: usado esporadicamente até 1968. Acredita-se que esteja na coleção de George até hoje
Usando um microfone na abertura do violão, George gravou as mais belas canções "acústicas" e baladas dos Beatles. A primeira foi And I Love Her, no "remake" acústico do dia 26 de Fevereiro. Depois foi usada em I'll Be Back.
Outras gravações tiveram a contribuição deste violão profissional, até que George o aposentou, em 1968.
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65 - Ramirez:
Acabamento: madeira natural
Modelo: Segovia
Início de Uso: Fevereiro de 1964
Fim de Uso: Setembro de 1967
Características: violão clássico, de fabricação espanhola, com tampo em cedro vermelho (red cedar), fundo e laterais de jacarandá (rosewood), escala em ébano (ebony), com encordoamento de nylon.
Destino: Depois de 1967 pouco se ouviu falar deste violão, mas acredita-se que esteja até hoje com Yoko.
John usou este belo e refinado violão nas músicas And I Love Her e I'll Be Back.
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65b - Bongôs Ludwig
Ringo usou novamente os bongôs da Ludwig no remake da balada And I Love Her, uma versão quase que "desplugada".
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66 - Harmônica Honer
Modelo: Marine Band
Início de Uso: Janeiro de 1963
Fim de Uso: Dezembro de 1963
Características: Uma das mais famosas gaitas do mundo, totalmente fabricada à mão na Alemanha, com as chapas e tampas fixadas por cravos no corpo de madeira. O modelo usado por John tinha 10 furos e 20 palhetas.
Destino: Desconhecido.
John continuava usando sua harmônica Hohner, que foi roubada de uma loja em Arnherm, em 1960, quando estavam indo para a primeira viagem a Hamburgo.
Neste ano da Beatlemania conquistando a América, John usou sua harmônica em shows e nas gravações de I Should Have Known Better e I'm A Loser
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66b - Bateria Ludwig:
Acabamento: "Black Oyster Pearl"
Modelo: Downbeat
Início de Uso: Fevereiro de 1964
Fim de Uso: Maio de 1964
Destino: Ringo possui esta bateria até hoje.
Logo original: "Drop-T n° 3 "
Peles: Ludwig "Weather Master" e "Ludwig Weather Master"
Bumbo: 20"x 14"
Surdo: 14"x 14"
Tom-tom: 12"x 8"
Caixa: 14"x 4"
Ride: Paiste 18
Crash: Paiste 16"
Hi-Hat: Paiste 14"
Ao retornarem da América, os Beatles começam a filmar A Hard Day's Night. Um novo logo precisava ser feito para a bateria que ficaria no set de filmagem, já que a de Abbey Road era que o grupo também usava em apresentações e aparições na TV.
A pele escolhida desta vez foi uma "Ludwig Weather Master", novamente pintada à mão por Eddie Stokes.
As diferenças deste logo foi o "L" mais longo na palavra Ludwig, indo além do da letra "d". Outra característica foi o "T" mais fino e um pouco menor.
Ringo usou esta bateria também na entrega do NME Pool Winners e no especial de TV Around The Beatles. A última aparição foi na filmagem de You're Going to Lose That Girl, no filme Help!
Ao lado, o Logo n° 3.
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67 - Rickenbacker 325-12 Jetglo:
Acabamento: preto.
Modelo:325 (na verdade 320 pois não tinha alavanca)
Captadores: três captadores Rickenbacker Single Coil Toaster Top
Alavanca:não, pois desafinava o instrumento
Início de Uso: Maio de 1964
Fim de Uso: Novembro de 1965
Características: Esta guitarra foi feita por encomenda para John, conforme promessa de John Hall, presidente da Rickenbacker. Ela levou 3 meses para chegar até as mãos de John. Tinha corpo semi ôco, totalmente de bordo (maple), com escala em jacarandá (rosewood), possuía escudo branco duplo
Destino: Esta guitarra, em poder de Yoko, está em exibição no Rock and Roll Hall of Fame
Durante o encontro no hotel onde George ganhou sua Rickenbacker 12, foi acertado que John também teria a sua, cópia fiel da nova 325 que ele receberia em poucos dias. As únicas diferenças foram a forma da paleta, que foi aumentada para receber 12 tarraxas, e a ausência da alavanca, que desafinava instantaneamente o instrumento.
John usou a nova guitarra na turnê da Holanda (pode ser visto na apresentação de TV com ela), e como segunda guitarra nos shows de 1964, chegando a ser o instrumento principal no dia 12 de Setembro, em Boston.
Durante as gravações do disco Beatles For Sale foi usada nas músicas Words of Love, Eight Days A Week e Every Little Thing, onde John fez o solo com ela.
Ela seria definitivamente aposentada, já que outro instrumento de reserva estava para chegar.
Ao lado, John usando a 325-12 nas gravações de Words Of Love. |
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68 - Bateria Ludwig:
Acabamento: "Black Oyster Pearl"
Modelo: Downbeat
Início de Uso: Maio de 1964
Fim de Uso: Outubro de 1968
Destino: Ringo possui esta bateria até hoje.
Logo original: "Drop-T n° 4"
Peles: Ludwig "Weather King"
Bumbo: 22"x 14"
Surdo: 14"x 14"
Tom-tom: 13"x 9 "
Caixa: 14"x 5 - Jazz Festival"
Ride: Zildjian Avedis 20"
Crash: Zildjian Avedis 18"
Hi-Hat: Zildjian Avedis 14"
Este foi o primeiro kit com bumbo de 22". Foi recebido em 31/05/64 no Prince of Wales Theatre em Londres.
Pode ser difícil distinguir em fotos os kits de 20" e 22". Uma maneira fácil é contar as tarraxas do bumbo. O de 20" tem oito tarraxas e o de 22" tem dez. A partir dessa data Ringo basicamente só usaria kits de 22".
Este foi um de seus kits Ludwig mais importante, sendo usado na turnê americana de 1964 e no estúdio, até 1968.
Este foi o Logo n°4 da bateria de Ringo. Ele veio montado em uma pele Remo Weather King de 22". O "Ludwig" é muito parecido com o do Logo n°2 mas o "The Beatles" é escrito numa letra muito mais leve e, apesar de sutis diferenças, é muito parecido com o Logo n° 1.
Aliás a maneira mais fácil de distinguí-la da pele com o Logo n° 1 é que esta tem na parte superior uma corôa - o logotipo da Remo.
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Na foto acima pode-se ver o Hofner 61 ao lado do amplicador de Paul.
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69 - Höfner:
Acabamento: sunburst
Modelo: 500/1
Captadores: dois captadores, um na base do braço e outro no meio do instrumento
Início de Uso: Julho de 1964
Fim de Uso: Janeiro de 1969
Características: baixo de corpo ôco, com corpo em abeto (spruce), fundo e laterais em bordo (maple), escala em jacarandá
(rosewood), com o clássico desenho em forma de violino; Detalhe: o modelo de Paul tinha o fundo ovalado e não reto. E o nome Höfner é na vertical.
Destino: Deixou de ser o instrumento principal quando a Höfner deu um novo modelo a Paul. Após algumas modificações ele ficou como baixo reserva nos shows até 1965. Foi usado no White Album e no vídeo de Revolution, sem o escudo. Acreditava-se que ele havia sido roubado dos Estúdios Twickenham, onde estavam filmando e gravando o projeto Get Back / Let It Be, ns primeira semana de Janeiro de 1969. Na verdade, foi no dia 10 de outubro de 1972, da van estacionada com o equipamentpo de Paul.
O Hofner original de Paul estava com sérios problemas nos captadores (um deles foi colado com fita adesiva no lugar!) e na parte elétrica.
O baixo foi levado à Burns para uma reforma geral. Mas, as coisas ficaram piores. Começando com os captadores. Eles foram fixados em uma placa de plástico, resultando em algo bem improvisado. Tudo porque não encomendaram à Selmer (distribuidor da Höfner) os anéis originais de fixação dos captadores. E ainda foram polir os dois e o do centro do instrumento perdeu a cobertura de níquel, reveland a cor dourada do latão. (foto abaixo).
Mais ainda pode piorar. E piorou. Trocaram o painel de controle do baixo e este vinha com botões modelo de "radio" e não os tradicionais da Höfner (foto abaixo).
E para fechar com chave de ouro, trocaram as tarrachas e colocaram quatro usadas em violões clássicos! (foto abaixo).
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70 - Amplificador Vox AC-100:
Donos: John e George (um para cada)
Início de Uso: Agosto de 1964
Fim de Uso: Março de 1966
Potência: 100 Watts
Alto-Falantes: Quatro, de 12" cada, acrescidos de duas cornetas.
A primeira visita aos Estados Unidos mostrou aos Beatles que os seus amplificadores para guitarra de 50 Watts não podiam fazer frente à Beatlemania Americana. Com uma turnê agendada para o segundo semestre, que iria percorrer diversos estados, quase sempre com mais de 10 mil espectadores, eles pediram "mais potência" para a Jennings (fabricante dos Vox).
Dois amplificadores para os guitarristas e um de reserva ficaram prontos na véspera deles viajarem para Scarborough, onde fariam um show no dia 9 de Agosto.
No dia 11 eles usaram os amplificadores na gravação de Baby's In Black. Prosseguiram com as gravações no dia 14, fizeram mais um show no dia 16 e, em seguida, foram para os EUA.
O custo dos amplificadores (se fossem comprados), seria de £ 252 (£ 3.050 em valores atuais).
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71 - Violão Gibson Jumbo:
Acabamento: sunburst
Modelo: J-160E
Captadores: um
Início de Uso: Setembro de 1962
Fim de Uso: Abril de 1968
Características: Violão acústico/elétrico. O tampo era de
compensado laminado (plywood), e o fundo e as laterais
em mogno (mahogany). O captador ficava originalmente
junto ao braço.
Destino: Numa entrevista em 1976, George disse que deu este violão. Só isso! Mas seu filho Dhani conseguiu reaver o violão e hoje está no acervo da família.
George usou seu Jumbo para conferir um som acústico no disco Beatles For Sale. Ele pode ser ouvido em No Reply, Rock and Roll Music e Eight Day's A Week.
John usou o Jumbo de George nas gravações de A Hard Day's Night, I Should Have Know Better, If I Fell, Can't Buy me Love, Any Time At All, Things We Said Today e I'll Cry Instead.
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72 - Violão Gibson Jumbo:
Acabamento: sunburst
Modelo: J-160E
Captadores: um
Início de Uso: Setembro de 1964
Fim de Uso: Agosto de 1967
Características: Violão acústico/elétrico. O tampo era de
compensado laminado (plywood), e o fundo e as laterais
em mogno (mahogany). O captador ficava originalmente
junto ao braço. Era exatamente igual ao roubado em Dezembro de 1963. A única diferença eram dois círculos brancos ao redor da boca, ao invés de um no modelo original. Em 1967 vai passar por sua primeira reforma.
Destino:
Este violão, de propriedade de Yoko Ono, está em exibição no Rock and Roll Hall of Fame, de Cleveland.
Durante a turnê americana John recebeu seu novo Jumbo, em substituição ao roubado. Tornou-se imediatamente o instrumento de reserva no palco.
Para as gravações do Beatles For Sale foi basicamente o instrumento principal. John usou-o em No Reply, I'm A Loser, Baby's in Black, I'll Follow the Sun, Mr. Moonlight, Eight Day's A Week, Honey Don't, Every Little Thing, I Don't Want to Spoil the Party e What You're Doing.
No compacto de fim de ano foi usado no lado A, I Feel Fine, deixando registrada em fita a primeira microfonia do rock, na clássica abertura.
No dia 8 já era fotografado no palco do Forum, em Montreal, no Canadá.
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72b - Tímpanos
Mais uma percussão inusitada em um disco de rock em 1964: tímpanos.
Ringo tocou em Every Little Thing.
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72c - Hammond RT-3:
Dono: Estúdios de Abbey Road
Início de Uso (com os Beatles): Outubro de 1964
Fim de Uso (com os Beatles): Janeiro de 1970
Característica: teclado eletro-mecânico com captação puramente analógica. A programação de diferentes timbres no instrumento é feita por registros deslizantes (drawbars). Um outro efeito interessante é o vibrato chorus: uma modificação simultânea de amplitude e frequência nos sons, produzida por alto falantes com elementos giratórios especiais, conhecidos como "Caixas Leslie".
Destino: Após a gravação de I, Me, Mine, a última dos Beatles como grupo, o órgão continuou em Abbey Road.
Paul usou o Hammond em Mr Moonlight. |
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73 - Gretsch 12 strings:
Acabamento: preta
Modelo: Special "George Harrison" Model
Captadores: dois captadores, Hilo' Tron,
single-coil
Alavanca: não
Início de Uso: Outubro de 1964
Fim de Uso: Março de 1967
Características: Guitarra de corpo oco, com tampo arqueado de bordo (maple), fundo e laterais igualmente de bordo, escala em jacarandá (rosewood), ferragens cromadas, com aberturas em "f" com bordas brancas, escudo igualmente preto com bordas brancas, ponte em forma de trapézio e bordas brancas.
Destino: Foi dada de presente para o guitarrista John St John, do grupo Sounds Incorporated, que tem a guitarra até hoje.
Para não ficar atrás da Rickenbacker, que fez instrumentos especialmente para John e George, a Gretsch resolveu criar uma guitarra de 12 cordas para George, dando seu nome ao modelo.
George odiou a guitarra, sua ação alta, o braço largo. Guardou-a em Abbey Road, nunca usado-a em gravações ou show dos Beatles. A única exceção foi durante as sessões de Sgt. Pepper's, onde testou esta Gretsch junto com sua Rickenbacker em Getting Better.
Em Fevereiro de 1967, Jimmy Page, então guitarrista dos Yardbirds, quebrou a Guild 12 Cordas de John St John, do Sounds Incorporated. Numa conversa com George, quando o Sounds estava gravando metais em Good Morning, Good Morning, John contou o que Jimmy havia feito. George deu-lhe a guitarra rejeitada na hora. |
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74 - Epiphone Casino:
Acabamento: sunburst, com a cor variando do cafè nas bordas até caramelo no centro do instrumento.
Modelo: ES-230TD
Captadores: dois captadores Humbucking P-90
Alavanca: sim, modelo Bigsby B7
Início de Uso: Dezembro de 1964
Fim de Uso: Agosto de 1969, nas sessões do disco Abbey Road
Características: Guitarra elétrica de de corpo oco, com tampo de bordo (maple) laminado, fundo e laterais de mogo (mahogany), escala em jacarandá (rosewood), aberturas em "f", escudo branco, com paleta ainda com desenho "Gibson", bastante semelhante à Gibson ES-330.
Destino: Paul possui esta guitarra até hoje, usando-a regularmente em seus discos.
Durante a nova temporada de Natal, agora no Hammersmith Odeon de Londres, Paul seguiu os conselhos de John Mayall e comprou por £ 172 (£ 2.080 em valores atuais) esta bela guitarra.
Paul queria uma guitarra com alavanca Bigsby e apenas a Casino vinha equipada de fábrica. Com a ajuda de George ele inverteu a posição da ponte para poder usá-la ao contrário, já que era canhoto. |
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75 - Epiphone Texan:
Acabamento: madeira natural, clara.
Modelo: FT-79
Captadores: não
Início de Uso: Dezembro de 1964
Fim de Uso: Abril de 1967, nas sessões do disco Sgt. Peppers
Características: Violão com tampo de abeto (spruce) sólido e corpo de mogno (mahogany). Escala em jacarandá (rosewood) e escudo com o logotipo "e' da Epiphone.
Destino: Paul possui este violão até hoje
Como George e John já tinham os seus "violões de nylon", Paul decidiu comprar um também. Optou pela linha Epiphone e, por £ 88 (£ 1.070 em valores atuais), levou o belo instrumento.
Já estreou o novo violão em I'll Follow the Sun.
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76 - Rickenbacker Fireglo:
Acabamento: sunburst vermelho.
Modelo: 1996
Captadores: três captadores Rickenbacker Single Coil Toaster Top
Alavanca: sim, modelo Ricenbacker Ac'cent
Início de Uso: Dezembro de 1964
Fim de Uso: Meados de 1967
Características: Fabricada em 1964, esta guitarra de corpo semi-oco, todo em bordo (maple), com escala em jacarandá (rosewood), era parte de um acordo entre a Rickenbacker americana e a Rose-Morris inglesa. Os modelos 325 e 330-12 seriam fabricados na Inglaterra, como modelos 1996 e 1993. As únicas diferenças eram a cor fixa sunburst e as aberturas em "f", ao invés das tradicionais triangulares. John foi o "garoto propaganda" desta guitarra, que foi apelidada de "Beatle-backer".
Destino: John deu esta guitarra para Ringo em 1967. Em 2015 ela foi leiloada pela Julien's, junto com vários itens de Ringo. Foi vendida por 910 mil dólares (valores de 2024).
A 325 feita por encomenda para John, que era o instrumento de palco na temporada de Natal, sofreu uma séria avaria, quebrando a base da paleta. John passou a usar a 325 de 1958 mas morria de medo de perdê-la ou estragá-la.
Esta foi a oportunidade que a Rose-Morris precisava. Correram para entregar uma 1996 para John usar nos shows. Ele gostou tanto que ficou com ela como instrumento principal, mesmo quando a 325 voltou dias depois.
John nunca usou esta guitarra em gravações, até onde se sabe. Apenas tocava com ela em seu estúdio doméstico.
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76b - Vox Phantom VI:
Acabamento: preto.
Modelo: V251
Captadores: dois captadores Vox
Alavanca: sim, modelo Bigsby
Início de Uso: Dezembro de 1964
Fim de Uso: Provavelmente nunca foi usada e acabou sendo presenteada a Mal Evans. Em 2014 a sua viúva colocou para leiloar na Sotheby's. Foi vendida por 305 mil dólares (valores de 2024).
Características: Tendo seu protótipo fabricado em 1964, este híbrido de guitarra e órgão, de corpo sólido, todo em bordo (maple), com escala em jacarandá (rosewood), trazia os circuitos em miniatura do órgão Vox Continental. Com isso, ela podia ser usada com guitarra ou órgão, individualmente ou combinando os dois instrumentos, chavendo os seletores. Além de ser muito pesada, quase 5 kilos, a escala era complicada de usar perto do corpo, principalmente em "bends". A escala era mais fina perdo do corpo do que perto do "nut".
John e Paul ganharam o protótipo durante a temporada de Natal, das mãos de Dick Denney, o projetista do instrumento.
Apesar dos Beatles nunca terem usado este instrumento em discos ou shows, a Vox chegou a fabricá-la comercialmente entre 1965 e 1967, mas sem aceitação maciça. Era um projeto ousado, precursor das futuras guitarras sintetizadores.
John nunca usou esta guitarra em gravações, até onde se sabe. Deve tê-la usada em seu estúdio doméstico. |
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76c - Percussão
Os Beatles usaram muitas percussões ao longo da carreira. Em 1964, os seguintes instrumentos de percxussão foram usados:
Ringo
- Pandeiro: em I'll Be Back, I'm A Loser, I Don't Want To Spoil The Party e Everybody's Trying To Be My Babe.
- Cow bell: em I Call Your Name e A Hard Day's Night.
- Bongos: em And I Love Her.
- Congas: em You Can't Do That.
- Chocalho: em She's A Woman.
- Tímpanos: em Every Little Thing.
- Percussão nos joelhos: em I'll Follow The Sun.
- Percussão no case: em Words Of Love.
John
- Pandeiro: em I'll Cry Instead e Honey Don't.
George
- Claves: em And I Love Her.
- Tambor Africano: em Mr. Moonlight.
Paul
- Cowbell: em You Can't Do That.
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