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   Os Beatles e suas guitarras (e baterias!)

Os Instrumentos que criaram um Sonho.


Nona parte - 1968

 

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     148 - Tambura:

Início de Uso: Agosto de 1966
Fim de Uso: Fevereiro de 1968
Características: Além do sitar, George também começou a estudar o uso da Tambura. Instrumento semelhante fisicamente ao sitar mas composto por cordas dedilhadas e braço sem trastos, que costuma acompanhar a música vocal, emitindo um bordão para sustentar a tonalidade nos silêncios. Um contínuo harmônico. Possui de 4 a 6 cordas 
Destino: Não se sabe o destino deste instrumento

      George usou em Across The Universe

 
 

    148b - Swarmandal:

Início de Uso: Agosto de 1966
Fim de Uso: Fevereiro de 1968
Características: Além do sitar e da tambura, George também usou o Swarmandal, ou "harpa indiana", instrumento capaz de produzir um grande número de notas. Daí deriva seu nome.. Possui de 21 a 36 cordas. 
Destino: Não se sabe o destino deste instrumento

      Ringo foi quem usou em Across The Universe

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   148c - Vox Wah-Wah:

Modelo: V846
Início de Uso: Fevereiro de 1968
Fim de Uso: Logo após após as sessões de Across the Universe.
Características: Primeiro modelo de "wah-wah" da Vox, foi o escolhido por John para as primeiras gravações de 1968.
Destino: Provavelmente ficou perdido na sala de instrumentos de Abbey Road.


    John estava insatisfeito com os resultados dos primeiros "takes" de Across the Universe. Tinha usado um orgão Hammond, o seu Mellotron, bem como uma linha de baixo tocada ao contrário.

    Tendo apreciado o som que Eric Clapton e Jimi Hendrix haviam obtido com o pedal de efeito, ele decidou testar seu uso em mais uma versão de sua bela balada.

    Infelizmente o resultado só foi ouvido pelos fãs em Dezembro de 1969, no Lp beneficente No One's Gonna Change Our World, onde a versão com "wah-wah" foi lançada.

    O custo do pedal foi de £ 16,50 (£ 170 em valores atuais).  

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  149 - Epiphone Casino:

Acabamento: sunburst
Captadores: dois captadores Humbucking P-90
Alavanca:
não
Início de Uso:
Fevereiro de 1967
Fim de Uso: Maio de 1968, quando sofreria sua derradeira modificação
Características: Guitarra elétrica de de corpo oco, com tampo de bordo (maple) laminado, fundo e laterais de mogo (mahogany), escala em jacarandá (rosewood), aberturas em "f", escudo branco, com cavalete modelo trapézio e um singular botão de seleção de captadores rodeado por um anel de borracha preto
Destino: John usou esta guitarra até as sessões do White Album, quando fez sua derradeira "reforma"

 

    John usou a guitarra já nas primeiras sessões de 1968, Lady Madonna e Hey Bulldog. 

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    150 - Amplificador Fender "blackface" Deluxe:

Dono: John e George
Início de Uso: Fevereiro de 1968
Fim de Uso: Janeiro de 1969
Potência: 50 Watts
Alto-Falantes: Um, de 12"

 

    John trouxe para o estúdio este robusto e compacto amplificador da Fender. Tinha botões separados de grave e agudos reais, ao invés de apenas "tirar o agudo", como nos modelos anteriores. E já começou a usar nas primeiras gravações do ano.

    Em algumas gravações eles foram usados, bem como nas apresentações dos clipes de Hey Jude (abaixo), e Revolution

       

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    151 - Gibson SG Standard:

Acabamento: vermelho cereja
Captadores: dois captadores Gibson Humbucking
Alavanca: sim, modelo Maestro Vibrola
Início de Uso: Fevereiro de 1968
Fim de Uso: Outubro de 1968
Características: belo modelo de corpo sólido, todo em mogno (mahogany), com escala em jacarandá (rosewood), ferragens niqueladas, com sustain e "ataque" perfeitos, graças aos possantes captadores.
Destino: George usou esta guitarra até o final das sessões do White Album. Em 1969, ele deu a guitarra para o grupo Badfinger. Peter Ham ficou com ela até morrer, em 1974. Seu irmão, John Ham guardou-a até 2001, quando emprestou o instrumento para exibição no Rock and Roll Hall of Fame. Foi à leilão e acabou vendida por 568 mil dólares.

 

   
     George usou a SG em várias músicas em 1968, em especial as novas gravações de Fevereiro, Lady Madonna, Across the Universe e Hey Bulldog, bem como durante as gravações do White Album, nas músicas Birthday, Everybody's Got Something... e Savoy Truffle.

    John também testou a SG, em seu solo de Hey Bulldog.

   

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    152 - Rickenbacker:

Acabamento: fireglo (sunburst vermelho)
Modelo: 4001S
Captadores: dois captadores, um Toaster Top e um Horseshoe
Início de Uso: Fevereiro de 1968
Fim de Uso: Janeiro de 1969, quando foi novamente "reformado".
Características: baixo construído em 1964, de corpo maciço, todo em bordo (maple) e escala em jacarandá (rosewood). Assim como os guitarristas "coloriram" seus instrumentos no ano anterior, Paul entregou seu baixo para o The Fool fazer uma reforma. Eles colocaram traços de branco, prateado e vermelho.
Destino: Paul possui este baixo até hoje.

 

      Paul manteve-se fiel ao 4001 durante o início de 1968. Tocou em Across the Universe, Lady Madonna, Hey Bulldog, Back in the U.S.S.R., Dear Prudence, The Continuing Story of..., Happiness is a Warm Gun, Martha My Dear, I'm So Tired, Piggies, Don't Pass Me By, Why Don't We Do It..., Everybody's Got Something..., Long, Long, Long, Savoy Truffle e Cry Baby Cry.

      Mas durante as gravações do White Album ele passou a usar outro baixo, além de ressuscitar seu velho Hofner 61.

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  152b - Hammond RT-3:

Dono: Estúdios de Abbey Road
Início de Uso (com os Beatles): Fevereiro de 1967
Fim de Uso (com os Beatles): Janeiro de 1970
Característica: teclado eletro-mecânico com captação puramente analógica. A programação de diferentes timbres no instrumento é feita por registros deslizantes (drawbars). Um outro efeito interessante é o vibrato chorus: uma modificação simultânea de amplitude e frequência nos sons, produzida por alto falantes com elementos giratórios especiais, conhecidos como "Caixas Leslie".
Destino: Após a gravação de I, Me, Mine, a última dos Beatles como grupo, o órgão continuou em Abbey Road.

 

    Paul usou o Hammond em algumas músicas, em especial Across the Universe, Long, Long, Long e Revolution 1.

    John
usou em Rocky Raccoon, Sexy Sadie e na versão rápida de Revolution.

    George
usou em While My Guitar Gently Weeps.

     

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    153 - Amplificador Vox Conqueror:

Dono: John e George
Início de Uso: Fevereiro de 1968
Fim de Uso: Outubro de 1968
Potência: 70 Watts
Alto-Falantes: Dois Celestion Alnico de 12""

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    No ano anterior os Beatles usaram os Vox UL730 e Defiant no estúdio. Eram bem maiores do que o Conqueror que trouxeram para as gravações.

    Os amplificadores vinham com trêmolos, distorção, sustains, reverb, fuzz e outros efeitos de fábrica.

    Não se sabe do paradeiro destes amplificadores depois do White Album.

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Na foto ao lado podem ser vistos o Fender (atrás dos abafadores), e o Conqueror (em primeiro plano)

 

 

 

 

 

 

    154 - Amplificador Fender Showman:

Donos: John e George
Início de Uso: Fevereiro de 1968
Fim de Uso: Outubro de 1968
Potência: 80 Watts
Alto-Falantes: Dois JBL D130F de 15"

  

    A Fender, assim como todos os fabricantes de equipamentos, entregava para os Beatles as últimas novidades, sempre apostando no retorno em propaganda. Bastava uma foto do grupo ao lado de algum equipamento e as vendas disparavam.

   
    O Showman foi muito usado nas gravações do White Album.

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     155 - Amplificador Vox Foundation Bass:

Dono: Paul
Início de Uso: Fevereiro de 1968
Fim de Uso: Outubro de 1968
Potência: 35 Watts
Alto-Falantes: Um Heavy Duty Vox Goodman 18"

 

    Mais um amplificador fazendo seu "debut" em Abbey Road: um poderoso Vox Foundation. Paul usou-o durante todo o ano de 1968. O cabeçote do amplificador pode ser visto atrás do abafador.

   

Na foto acima o Foundation está atrás dos abafadores

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Na foto acima, George está na guitarra, ao seu lado Joe Osborne no baixo e, atrás dos dois, Hal Blaines e seu "Monster Kit" de 8 toms.

George adorou a bateria de Blaine e pediu para ele encomendar um "Monster Kit" para Ringo.

 

    156 - Gibson:

Acabamento: sunburst marrom
Modelo: ES-5
Captadores: três captadores P-90.
Início de Uso: Outubro de 1968
Fim de Uso: Até o final das sessões de Jackie Lomax.
Características: guitarra semiacústica fabricada pela Gibson a partir de 1949, com intenção de ser uma "Guitarra Espanhola Elétrica" (Electric Spanish ou ES). Tampo recurvado, laterais e fundo em bordo (maple), escala em jacarandá (rosewood), com encordoamento de aço (como em todas as "archtops"), e com auge da produção nos anos 1950. Em 1962 foi descontinuada. Possuía três botões de volume para cada captador e um botão master. O cavalete era em trapézio.
Destino: esta guitarra está até hoje na casa de George.

    George adquiriu esta guitarra no segundo semestre de 1968. Usou-a nas gravações de Jackie Lomax, nos estúdios da CBS.

    Era o mesmo modelo usado por Bill Halley quando estourou com Rock Around the Clock.

    Não se tem notícia de outras gravações com estes instrumento.

   
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    157 - Lowrey DSO Heritage Deluxe:

Dono: Estúdios de Abbey Road
Início de Uso (com os Beatles): Março de 1967
Fim de Uso (com os Beatles): Janeiro de 1969
Característica: teclado com um naipe de sons pré-gravados, tipo harpsichord, vibraharp, guitarra e "music box".
Destino: Durante o projeto Get Back / Let It Be este teclado foi levado para os estúdios da Apple e nunca se soube do seu paradeiro após este período

 

      Várias músicas do White Album tiveram a presença deste versátil teclado de efeitos: The Coninuing Story of..., While My Guitar Gently Weeps, I'm So Tired e Cry Baby Cry, todas tocadas por John.

      Paul usou em Hey Jude.

     

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    158 - Violão Gibson Jumbo

Acabamento: "raspado"
Modelo: J-160E
Captadores: um
Início de Uso:
Abril de 1968
Fim de Uso: Maio de 1969, quando vai sofrer sua última reforma
Características: Violão acústico/elétrico.  O tampo era de
compensado laminado (plywood), e o fundo e as laterais
em mogno (mahogany). O captador ficava originalmente
junto ao braço. Era exatamente igual ao roubado em Dezembro de 1963. A única diferença eram dois círculos brancos ao redor da boca, ao invés de um no modelo original.
Destino: A pintura que John fez no ano anterior acabou com o som do violão. Ele mandou raspar tudo e cobrir a madeira com uma fina camada de verniz. Este também serviu de modelo para a série comemorativa da Gibson, em edição limitada de 250 unidades, a um custo de US$ 3,000 cada. Este violão, de propriedade de Yoko Ono, está em exibição no Rock and Roll Hall of Fame, de Cleveland

 

    Várias músicas do White Album foram gravadas com este violão, que John amava de paixão. Foram elas Dear Prudence, Glass Onion, The Continuing Story of..., I'm So Tired, Julia, Revolution 1 e Cry Baby Cry.

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   159 - Gibson J200:

Acabamento: "tobacco sunburst"
Captadores: não
Início de Uso: Abril de 1968
Fim de Uso: Agosto de 1969, em gravações dos Beatles
Características: Refinado violão acústico com tampo em abeto Sitka (Sitka spruce), laterais e fundo em bordo (maple), escala em jacarandá (rosewood), tido como uma evolução do J-160E. George caiu de amores pelo som deste fino instrumento e passou a ser o seu violão exclusivo.
Destino:
Este violão está na casa de George até hoje

 

       Todas as partes de violão que George tocou no White Album foram gravadas com este violão: Ob-La-Di, Ob-La-Da, The Continuing Story of..., While My Guitar Gently Weeps, What's The New Mary Jane e Long Long Long.

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    160 - Epiphone Casino:

Acabamento: "raspada"
Captadores: dois captadores Humbucking P-90
Alavanca:
não
Início de Uso:
Maio de 1968
Fim de Uso: Agosto de 1969, em suas últimas sessões de gravação com os Beatles
Características: Guitarra elétrica de de corpo oco, com tampo de bordo (maple) laminado, fundo e laterais de mogo (mahogany), escala em jacarandá (rosewood), aberturas em "f", escudo branco, com cavalete modelo trapézio e um singular botão de seleção de captadores rodeado por um anel de borracha preto. John, assim como fez com seu violão, mandou raspar toda a pintura para a guitarra "respirar", e cobrir a madeira com uma fina camada de verniz.
Destino: John usou esta guitarra até as sessões do Abbey Road, as últimas como um Beatle. Mas foi sua guitarra "de trabalho" durante os dois primeiros discos solo e foi a guitarra de reserva no show do Madison Square Garden, em 1972. Está até hoje em poder de Yoko e foi usada como modelo para a série comorativa da Epiphone.

 

       John usou a guitarra já nas primeiras sessões do White Album e, com raras exceções, foi a guitarra principal. Usou-a em Back in the U.S.S.R., Hapiness is a Warm Gun, I'm So Tired, Birthday, Yer Blues, Everybody's Got Something..., Sexy Sadie, Revolution 1, Revolution e Honey Pie.   

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     A "fretless" de George em Friar Park, antes de ser presenteada a Ray Russel.

 

 

    160b - Bartell Fretless:

Acabamento: "Sunburst"
Captadores: dois captadores "single coil"
Alavanca:
não
Início de Uso:
Maio de 1968
Fim de Uso: Agosto de 1969, em suas últimas sessões de gravação com os Beatles
Características: Guitarra elétrica "sem trastes", de de corpo oco, com tampo, fundo e laterais de bordo (maple), escala em jacarandá (rosewood), aberturas em "f", escudo preto. John confirmou em uma entrevista, durante a gravação de Don't Pass Me By, que a guitarra "estranha" que estava usando era um modelo "sem trastes".
Destino: John e George usaram esta guitarra em algumas sessões do White Album. Depois a mesma foi parar na coleção de George, de onde saiu em 1985, como presente a Ray Russel, com quem ela está até hoje.

 

       Esta guitarra foi usada no take 20 de Revolution 1 e nos ensaios gravados de Everybody's Got Something To Hide... Também pode ser ouvida no take 2 de Helter Skelter, no solo de Happiness Is A Warm Gun e nos riffs de Savoy Truffle.

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    161 - Martin:

Acabamento: acabamento em madeira natural.
Modelo: D-28
Início de Uso: Novembro de 1967
Fim de Uso: Setembro de 1969
Características: violão totalmente acústico, com tampo em abeto (spruce), laterais e fundo em jacarandá (rosewood), assim como a escala. Um escudo preto é o único adorno do instrumento. 
Destino: Após as gravações de Abbey Road não se soube o paradeiro deste violão. Provavelmente está na MPL até hoje.

 

    Paul adota o Martin como seu violão oficial de agora em diante. Todos as músicas acústicas do White Album são gravadas com ele: Wild Honey Pie, Blackbird, Rocky Raccoon, Why Don't We Do It..., I Will e Mother Nature's Son.  

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   162 - Fender Jazzbass:

Acabamento: sunburst.
Captadores: dois captadores single-coil, com dois ímãs por corda
Início de Uso: Maio de 1968
Fim de Uso: Janeiro de 1970, na última sessão de gravação dos Beatles.
Características: baixo lançado em 1960, para competir com o Rickenbacker. Corpo em freixo (ash), escala em jacarandá (rosewood) e um belo escudo de madrepérola e metal adornando o instrumento. Por possuir braço mais fino, foi perfeito para os músicos de jazz, daí adotando este nome (era "Deluxe Model" até então).
Destino: Continua com Paul até hoje.

 

    Totalmente focados em seu novo disco, os Beatles não paravam de buscar novas sonoridades.

    Num encontro com Don Randall, chefão da Fender, fica acertado o envio de diversos equipamentos para os Beatles, incluindo baixos, guitarras, pianos, amplicadores e até P.A.!

    Paul logo estreou seu Jazzbass para canhotos nas músicas Glass Onion, Ob-La-Di, Ob-La-Da, Rocky Raccoon, Birthday, Not Guilty, Yer Blues e Sexy Sadie.

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   163 - Epiphone Casino:

Acabamento: sunburst, com a cor variando do cafè nas bordas até caramelo no centro do instrumento.
Modelo: ES-230TD
Captadores: dois captadores Humbucking P-90
Alavanca: sim, modelo Bigsby B7
Início de Uso: Dezembro de 1964
Fim de Uso: Agosto de 1969, nas sessões do disco Abbey Road
Características: Guitarra elétrica de de corpo oco, com tampo de bordo (maple) laminado, fundo e laterais de mogo (mahogany), escala em jacarandá (rosewood), aberturas em "f", escudo branco, com paleta ainda com desenho "Gibson", bastante semelhante à Gibson ES-330. 
Destino: Paul possui esta guitarra até hoje, usando-a regularmente em seus discos.

 

    Durante as gravações do White Album, Paul usou sua Casino para as passagens de guitarra em Back in the U.S.S.R., While My Guitar Gently Weeps, Why Don't We Do It... e Helter Skelter.

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   164 - Epiphone Casino:

Acabamento: sunburst fireglo
Captadores: dois captadores Humbucking P-90
Alavanca:
sim, modelo Bigsby B7
Início de Uso: Abril de 1968
Fim de Uso: Janeiro de 1969, no início do projeto Get Back.
Características: Guitarra elétrica de de corpo oco, com tampo de bordo (maple) laminado, fundo e laterais de mogo (mahogany), escala em jacarandá (rosewood), aberturas em "f", escudo branco, assim como o modelo de John. Mas as semelhanças paravam aí: a Casino de George tinha alavanca Bigsby e o botão de seleção de captadores era dourado, como em todos os outros modelos da fábrica. George logo tiraria o escudo. O som dela também era bastante redondo, graças ao corpo oco. A paleta igualmente tinha o desenho característico da Epiphone. Repetindo o que John fez com sua Casino, George mandou raspar toda a pintura para a guitarra "respirar", e cobrir a madeira com uma fina camada de verniz. 
Destino: a guitarra está até hoje na casa de George

 

     George usou a Casino em Glass Onion, Martha My Dear, Piggies e Revolution 1.

     A foto ao lado, com George nas gravações do White Album, é do excelente site The Beatles Gear.

 

 

 

 

 

 

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   165 - Fender Stratocaster:

Acabamento: "psychedelic".
Modelo: Sonic Blue
Captadores: três captadores Fender single-coil
Alavanca: sim, modelo Fender
Início de Uso: Abril de 1968
Fim de Uso: Agosto de 1969, quando foi novamente reformada
Características: Fabricada em 1961, como o modelo de John, também tinha o corpo feito de amieiro (alder), escala em jacarandá, com escudo branco. O acabamento original, "azul pálido", logo foi alterado por George, que disse "se os carros, as casa e as roupas estão ficando coloridos, por que não as guitarras também?"
Destino: Foi usada até o final das gravações do disco Abbey Road. Esta guitarra está até hoje na casa de George, que a deixou afinada para ser usada com slide.

 

      George continuou usando sua "Rocky" em gravações do White Album: I'm So Tired.

      
      Tentou, em especial, usá-la na gravação do novo compacto, Hey Jude (foto ao lado), mas Paul acabou calando a guitarra de George na gravação definitiva, o que gerou a grande mágoa entre os dois.

      Na mesma foto ao lado pode ser visto o Fender Bassman que o grupo usa desde 1966 em estúdio.

      John usou a Rocky em Revolution 1.

      Abaixo, a "Rocky" ainda sem as reformas que George fará em 1969.

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   166 - Fender Jazzbass:

Acabamento: sunburst.
Captadores: dois captadores single-coil, com dois ímãs por corda
Início de Uso: Maio de 1968
Fim de Uso: Agosto de 1969, na última sessão de gravação do Abbey Road.
Características: baixo lançado em 1960, para competir com o Rickenbacker. Corpo em freixo (ash), escala em jacarandá (rosewood) e um belo escudo de madrepérola e metal adornando o instrumento. Por possuir braço mais fino, foi perfeito para os músicos de jazz, daí adotando este nome (era "Deluxe Model" até então).
Destino: não se sabe o destino deste baixo

      
      Dentro do acordo com a Fender veio este Jazzbass, para que George e John pudessem gravar partes de baixo em várias músicas.

      John usou este baixo nas músicas While My Guitar Gently Weeps e Helter Skelter.

      George usou em Honey Pie.

 

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   167 - Fender VI:

Acabamento: sunburst.
Captadores: três captadores Fender single-coil
Alavanca: sim, modelo Fender
Início de Uso: Abril de 1968
Fim de Uso: Agosto de 1969
Características: Um instrumento que, num primeiro momento, parece uma guitarra Jaguar, é na verdade um baixo de 6 cordas. Com corpo de amieiro (alder), escala emjacarandá (rosewood), e parte elétrica passiva, foi uma tentativa da Fender em agradar aos guitarristas que sentiam-se pouco à vontade com um baixo tradicional. Era afinado uma oitava abaixo, com cordas um pouco mais finas que de um baixo convencional. A presença de alavanca e possibilidade de mudar o tom, fazia deste baixo quase uma guitarra base. Três seletores acionavam cada captador e um quarto atenuava os graves.
Destino: Foi usado até o final das gravações do disco Abbey Road. Não se sabe de seu paradeiro.

 

    George sentiu-se mais à vontade para tocar baixo com o Fender VI nas músicas dos Beatles. Usou-o em Birthday.

    John tocou em Rocky Raccoon.

    A foto mostra George com o Fender VI no clipe de Hey Jude, com o Fender Deluxe de John atrás.

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No clip de Revolution pode-se ver George em ação com sua "Lucy".

 

 

 

 

 

 

   168 - Gibson Les Paul:

Acabamento: originalmente era gold-top.
Captadores: dois captadores Gibson humbuckers
Início de Uso: Agosto de 1968
Fim de Uso: Janeiro de 1970, na última sessão de gravação dos Beatles.
Características: em 1966, John Sebastian, então no grupo "The Lovin' Spoonful", vendeu sua Les Paul, com acabamento dourado (gold-top), para o jovem Rick Derringer, que era guitarrista do "McCoys". O pai de Rick achou horrível a cor dourada e acabou convencendo o filho a mudar a cor do instrumento. Ele levou a guitarra na fábrica da Gibson em Kalamazooa, Michigan, onde foi pintada de "vermelho cereja". Segundo Rick, a guitarra nunca mais teve o mesmo som. Ele acabou trocando-a por outra Les Paul na loja Dan Armstrong's, de Manhatan. Em 1968, durante a turnê do "Cream" nos Estados Unidos, Eric Clapton foi à loja, comprou a Les Paul vermelha e presenteou George com ela. Guitarra sólida, de corpo em mogno (mahogany) e escala em jacarandá (rosewood).
Destino: Esta guitarra está até hoje na casa de George

   
   George apelidou a guitarra de "Lucy" e usou-a em uma nova composição sua, Not Guilty, gravada em Agosto.

    Vária músicas do White Album foram gravadas com esta Les Paul. Mas, a mais famosa foi While My Guitar Gently Weeps, onde Eric Clapton fez o solo, a pedido de George, que usou seu Gibson J200. George usou-a em Back in the U.S.S.R., Dear Prudence, Happiness is a Warm Gun, Yer Blues, Sexy Sadie, Helter Skelter e Cry Baby Cry, além da versão do compacto de Revolution.    

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   169 - Bateria Ludwig:

Acabamento: "Black Oyster Pearl"
Modelo: Downbeat
Início de Uso: Julho de 1968
Fim de Uso: Outubro de 1968
Destino: Ringo possui esta bateria até hoje.

Logo original: "Orange"
Peles: Ludwig "Weather Master"
Bumbo: 22"x 14"
Surdo: 16"x 16"
Tom-tom: 13"x 9 "
Caixa: 14"x 5 - Jazz Festival"
Ride: Zildjian Avedis 20"
Crash: Zildjian Avedis 18"
Hi-Hat: Zildjian Avedis 14"

 

    Essa pele foi especialmente pintada para a gravação dos clips de Hey Jude e Revolution, em 4 de Setembro. Foi usada a mesma bateria de Ringo com bumbo de 22", a primeira comprada por ele, em 1964.

    O logo "Love" foi apagado e toda a pele ficou laranja. Depois das filmagens não se viu mais esta pele.

    Ainda com Ringo na banda, Paul usou esta bateria em Mother's Nature Son e Wild Honey Pie (20/08/1968).

    Com Ringo fora da banda, entre 20/08 e 3/09/1968, Paul gravou a bateria em Back in the U.S.S.R. (22/08/1968) e em Dear Prudence (28/08/1968).

    George e John também usaram esta bateria em Back in the U.S.S.R.(23/08/1968).

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   170 - Fender Esquire:

Acabamento: sunburst
Captadores: um captador single-coil
Alavanca: não
Início de Uso: Março de 1967
Fim de Uso: Outubro de 1968
Características: primeira guitarra feita por Leo Fender, tinha corpo sólido todo em freixo (ash), escala em jacarandá (rosewood), modelo que deu origem Telecaster, que era equipada com dois captadores. Teve as cordas invertidas para Paul poder tocar. A presilha da correia também foi deslocada para permitir o uso por um canhoto.
Destino: Após as sessões de gravação do White Album, a guitarra sai de cena.

 

    Paul usou sua Esquire para um som mais "gordo" em Martha My Dear.

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  171 - Höfner:

Acabamento: marrom degradê
Modelo: 500/1
Captadores: dois captadores, um na base do braço e outro no meio do corpo
Início de Uso: Julho de 1968
Fim de Uso: Janeiro de 1969
Características: baixo de corpo ôco, com corpo em abeto (spruce), fundo e laterais em bordo (maple), escala em jacarandá (rosewood), com o clássico desenho em forma de violino; Detalhe: o modelo de Paul tinha o fundo ovalado e não reto. E o nome Höfner é na vertical.
Destino: Deixou de ser o instrumento principal quando a Höfner deu um novo modelo a Paul. Após algumas modificações ele ficou como baixo reserva nos shows até 1965. Foi usado no White Album e no vídeo de Revolution, sem o escudo. E uma das "cravelhas de violão" caiu e foi trocada por uma de metal (!).

Acreditava-se que ele havia sido roubado dos Estúdios Twickenham, onde estavam filmando e gravando o projeto Get Back / Let It Be, ns primeira semana de Janeiro de 1969. Na verdade, foi no dia 10 de outubro de 1972, da van estacionada com o equipamentpo de Paul.

 

     Em disco Paul resolveu "desenterrar" seu velho Hofner 61 em Revolution 1 e Cry Baby Cry.

     Como o grupo teve que gravar grande parte do clip de Revolution ao vivo, por imposição da Ordem dos Músicos, Paul usou o Hofner.

     As grandes mudanças no instrumento fofam a remoção do escudo (abaixo) e a colocação de uma cravelha de metal (ao lado).

 

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O "Monster Kit" nos suportes da Ludwig.

 

 

 

 

  172- Bateria Ludwig:

Acabamento: "Natural Maple"
Modelo: Hollywood
Início de Uso: Outubro de 1968
Fim de Uso: Janeiro de 1970 (em gravações com os Beatles)
Destino: Ringo possui esta bateria até hoje. O "Monster Kit" foi leiloado por 44 mil e 800 dólares pela Julien's, em 2024.

Logo original: "Nenhum"
Peles: Ludwig "Weather Master"
Bumbo: 22" x 14"
Surdo: 16" x 16"
Tom-tom1 : 12"x 8"
Tom-tom2 : 13"x 9"
Caixa: 14" x 4 - Jazz Festival"
Ride: Zildjian 20"
Crash: Zildjian 18"
Hi-Hat: Zildjian 14"

Monster Kit:
Tom-tom1 : 6” x 7 1/2"
Tom-tom2 : 8” x 7 1/2"
Tom-tom3 : 10” x 8”
Tom-tom4 : 12” x 8”
Tom-tom5 : 13” x 9 1/4"
Tom-tom6 : 14” x 10”
Tom-tom7 : 16” by 10”

   
     No final de 1968, Ringo recebeu o novo kit Ludwig, modelo "Hollywood", junto com o "Monster Kit" que George havia encomendado a Hal Blaine, do Wrecking Crew, durante as gravações do disco de Jackie Lomax. Blaine era endorser da Ludwid nos Estados Unidos.

     Ele usou a nova bateria, sem o "Monster Kit", nas últimas gravações do Álbum Branco, em especial Long, Long, Long, onde usou a bateria com dois bumbos, usando o de sua Ludwig usual.

    Era um kit de cinco peças com dois tom tons e acabamento natural em bordo (maple).

    O "Monster Kit" de Ringo tinha sete tom tons.

    A caixa que veio com o kit era uma Ludwig Supra-Phonic 400 de metal medindo 14"x 5", mas Ringo preferiu usar sua "Jazz Festival" com acabamento "Black Oyster Pearl".

 

    Na primeira foto ao lado e na foto abaixo, vemos Ringo com a nova bateria e usando DOIS BUMBOS! Algo que ele nunca havia feito nas gravações do grupo. Especula-se que tenha sido em Long, Long, Long (7/10/1968), I'm So Tired (8/10/1968) e Why Don't We Do It In The Road (10/10/1968).

 

      

    

 

    Mas foi Paul quem usou primeiro os dois bumbos, em Martha My Dear (4/10/1968). Foto à esquerda.

 

 

 

 

 

      

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    172b - Percussão

   Os Beatles usaram muitas percussões ao longo da carreira. Em 1968, os seguintes instrumentos de percxussão foram usados:

Ringo

        - Pandeiro: em Hey Jude, Glass Onion, The Continuing Story Of Bungalow Bill, While My Guitar Gently Weeps, Happiness Is A Warm Gun, Piggies, Sexy Sadie e Cry Baby Cry.

        - Maracas: em I Will.

        - Bongos: em Ob-La-Di, Ob-La-Da e I Will.

       

Paul

        - Pandeiro: em Dear Prudence e Savoy Truffle.

        - Tímpanos: em Mother Nature's Son.

        - Bongo: em Savoy Truffle.

            

George

        - Maracas: em Across The Universe.

        

John

        - Pandeiro: em Birthday.

        

Todos

        - Sinos de mão e chocalhos: em Everybody's Got Something To Hide Except For Me And My Monkey   

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